Dia nasce de parto celeste.
Útero rasgado por filetes solares;
Manhã tem lisa, fresca,
Fina pele de pitanga verde.
Até entardecer:
Intensa adolescência,
Vespertina faixa etária
Brinca de passarinho, macaco,
Desabrochares de pétalas,
Aberturas para exibir duendes.
O dia anoitece,
Então adulto,
Encerra-se em supremacia
Das serpentes tatuadas pelo vento
Nos corpos das árvores
Que alojam segredos da vida.
Vanda Ferreira
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