Sou da companhia da Bugra

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

DESPIDA DE VAIDADE

Opto por eternizar o instante a ser mutante, deslavada de água benta.
Prossigo nua de maldição, despida de vaidade. Zelo da pele emplastada de unguentos
para afastar pecados ao mar dos tormentos. Prefiro a lisura do simples, a coletividade do bem, o luxo do resgate, a inocência do hoje.
Meus versos feitos seiva de capins, serão ruminados e renascerão fortes, adubados pelo esterco das pastagens. Prefiro, assim.
Sem vaidade, sem luxúria, sem colares mafiosos. Gosto dos vinte dedos desanelados de comprometidos metais, gosto do livro aberto devassando minha história sem esconderijos. Prefiro amar a oportunidade
que me livra de ser uma imagem a mais em fotografias banais.


A serenidade do conforto muscular facial, não sustentaria o sorriso fatal para a parceria com os demais
nos quadros dos famosos jornais; placidez de pele maculada reluz em holofotes celestes. Reserva de lua cheia de mistérios solares.

Vanda Ferreira

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