Dia das mães.
Durante a última semana, houve um festival promovido pelos mais diversos meios de comunicação, cujo tema foi “Dia das mães”. Sensibilizada pela mídia, ensaiei passos para produzir um novo poema e compartilhar da onda, dentro do contexto de que tudo que vai volta. No entanto, eu não soube extrair as entrelinhas da pauta para criar meu pretenso poema porque divaguei demais e extrapolei o foco.
Lembro de quando criança, o “Dia das mães” era um dia cheio de expressões que enalteciam valores femininos e maternais. As escolas produziam espetáculos destinados para exibição em exclusivístico evento festivo reservado às mães de seus alunos.
Ontem, véspera do “Dia das mães” optei por dormir às vinte e duas horas porque decidi que iria assistir o especial domingo. De forma que, acordei muito cedo e olhei para o céu, em busca de um sinal diferente. Conferi que tudo estava belamente igual, mesmo espetáculo de ontem, de antes-de-ontem e de antes-de-antes-de-ontem. Aliás, eu até já sabia que o céu não compartilha de discriminações e não se faria melhor ou pior por motivo algum.
Escancarei as cortinas da sala de estar, e por uma hora observei o movimento na rua. Tudo estava absolutamente normal, até a igreja da esquina, pregava o costumeiro culto bem alto que pincela a serenidade do amanhecer.
No jardim, a passarada revoou com a habitual alegria. As plantas continuam soberanas, em plena harmonia solar, e a brisa matinal lambeu-me do mesmo jeito deliciosamente leve.
Há cinqüenta e dois anos sou filha. Há trinta e dois anos sou mãe. A unidade se estabelece, enquanto filha ou mãe. Certamente que a esta unidade deveria dar-se um nome. Talvez algo que traduzisse que “mãe está para filho, assim como filho está para mãe”, é indiscutível que um não existiria sem o outro.
Parece que sou um ser especial e tenho a mídia toda focada em mim. Se sou um tipo de deusa, o sou porque fui condecorada por mais dois seres que facilitaram minha condição por meio de parceria antes, durante e depois do processo que me fez mãe.
Para tornar-me mãe foi necessário compartilhar de meu sangue. Juntar DNA mãe com o DNA pai para que o DNA filho viesse a existir. É claramente visível e compreensível que a trindade, pai, mãe e filho, tem igualmente valores e importâncias para a unificação do ser “mãe”.
Na verdade e em verdade percebo que a data “Dia das mães”, gera intenso movimento nas relações profissionais que evidenciam o comércio. Bem sabemos que sentimentos não são medidos em gráficos mercantis de coisas, inda mais por meio de ações que fortalecem a vaidade humana.
O maior mal da humanidade é a ganância por riqueza material, cuja fome é provocada pelo gigante vazio formado pelo excesso de exagerados pecados, e estes guiados por falsa visão.
Com licença, é preciso e quero abrir uma especial brecha para passar meu recado:
Gratidão não se expressa em oportunidades geradas por meio externo. Amor não se traduz em formas materiais de coisas e objetos. O bem se estabelece por ações que favorecem o bem. O maior bem é vida saudável.
Por tudo que falei e pelo que deveria ter falado, convido para providencial revelação de verdadeiro amor, reverenciando a Mãe-natureza, por meio de práticas que garantam sua saúde e longevidade.
Agora vou diagnosticar e identificar plantas doentes, rios poluídos, deficiências de matas ciliares e cuidar de minha produção de resíduos.
“Todo dia é dia do exercício para prática da gratidão”.
Vanda Ferreira
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=3883
Durante a última semana, houve um festival promovido pelos mais diversos meios de comunicação, cujo tema foi “Dia das mães”. Sensibilizada pela mídia, ensaiei passos para produzir um novo poema e compartilhar da onda, dentro do contexto de que tudo que vai volta. No entanto, eu não soube extrair as entrelinhas da pauta para criar meu pretenso poema porque divaguei demais e extrapolei o foco.
Lembro de quando criança, o “Dia das mães” era um dia cheio de expressões que enalteciam valores femininos e maternais. As escolas produziam espetáculos destinados para exibição em exclusivístico evento festivo reservado às mães de seus alunos.
Ontem, véspera do “Dia das mães” optei por dormir às vinte e duas horas porque decidi que iria assistir o especial domingo. De forma que, acordei muito cedo e olhei para o céu, em busca de um sinal diferente. Conferi que tudo estava belamente igual, mesmo espetáculo de ontem, de antes-de-ontem e de antes-de-antes-de-ontem. Aliás, eu até já sabia que o céu não compartilha de discriminações e não se faria melhor ou pior por motivo algum.
Escancarei as cortinas da sala de estar, e por uma hora observei o movimento na rua. Tudo estava absolutamente normal, até a igreja da esquina, pregava o costumeiro culto bem alto que pincela a serenidade do amanhecer.
No jardim, a passarada revoou com a habitual alegria. As plantas continuam soberanas, em plena harmonia solar, e a brisa matinal lambeu-me do mesmo jeito deliciosamente leve.
Há cinqüenta e dois anos sou filha. Há trinta e dois anos sou mãe. A unidade se estabelece, enquanto filha ou mãe. Certamente que a esta unidade deveria dar-se um nome. Talvez algo que traduzisse que “mãe está para filho, assim como filho está para mãe”, é indiscutível que um não existiria sem o outro.
Parece que sou um ser especial e tenho a mídia toda focada em mim. Se sou um tipo de deusa, o sou porque fui condecorada por mais dois seres que facilitaram minha condição por meio de parceria antes, durante e depois do processo que me fez mãe.
Para tornar-me mãe foi necessário compartilhar de meu sangue. Juntar DNA mãe com o DNA pai para que o DNA filho viesse a existir. É claramente visível e compreensível que a trindade, pai, mãe e filho, tem igualmente valores e importâncias para a unificação do ser “mãe”.
Na verdade e em verdade percebo que a data “Dia das mães”, gera intenso movimento nas relações profissionais que evidenciam o comércio. Bem sabemos que sentimentos não são medidos em gráficos mercantis de coisas, inda mais por meio de ações que fortalecem a vaidade humana.
O maior mal da humanidade é a ganância por riqueza material, cuja fome é provocada pelo gigante vazio formado pelo excesso de exagerados pecados, e estes guiados por falsa visão.
Com licença, é preciso e quero abrir uma especial brecha para passar meu recado:
Gratidão não se expressa em oportunidades geradas por meio externo. Amor não se traduz em formas materiais de coisas e objetos. O bem se estabelece por ações que favorecem o bem. O maior bem é vida saudável.
Por tudo que falei e pelo que deveria ter falado, convido para providencial revelação de verdadeiro amor, reverenciando a Mãe-natureza, por meio de práticas que garantam sua saúde e longevidade.
Agora vou diagnosticar e identificar plantas doentes, rios poluídos, deficiências de matas ciliares e cuidar de minha produção de resíduos.
“Todo dia é dia do exercício para prática da gratidão”.
Vanda Ferreira
http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=3883
Bugrinha querida Amiga Vanda, que de quando em vez se faz Sarará...
ResponderExcluirBeijos minha amada e parabéns pela brilhante crônica que condiz exatamente com o que penso.
Abraços Marçalescos.
Marçal, meu amado irmãozinho, obrigada por sua visita. Emocionante te receber. Beijo
ResponderExcluirLindo e maravilhoso texto, gostei muito, meus parabéns!
ResponderExcluirMeus parabéns também pelo seu dia Mamãe!
Nosso abraço,
MarneDulinski
Marne, meu querido irmão do sul, obrigada por sua carinhosa mensagem. Beijo
ResponderExcluirMUITO BOM!!! Parabéns duplos!
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